Gás lique­feito subs­ti­tuído por biogás na fábrica da Ponsse

A Ponsse busca atin­gir a neut­ra­li­dade de car­bono em sua fábrica em Vie­remä até 2025. Con­si­de­rando esse obje­tivo, a parte mais sig­ni­fica­tiva das emissões advém do uso de gás lique­feito como com­bustí­vel no processo de tra­ta­mento de superfície na pro­dução. A Ponsse está perto de atin­gir essa meta, já que o gás lique­feito foi subs­ti­tuído por biogás renová­vel em sua fábrica em Vie­remä em agosto.

A fábrica da Ponsse em Vie­remä pas­sou a usar biogás for­necido por um ter­mi­nal de biogás local. Inau­gu­rada no início de 2024, a usina de biogás de Vie­remä distri­bui biogás lique­feito e pres­su­rizado para uso na indú­stria e no trans­porte. No início de suas ope­rações, o biogás será adqui­rido da Gasum, uma empresa de ener­gia nór­dica, mas o for­nece­dor será mudado para a Hank­kija no final de 2024, quando a uni­dade de proces­sa­mento de biogás gFuel Upgrade 100 da Demeca será con­struída em Vie­remä. A uni­dade proces­sará biogás bruto para obter bio­me­tano puro. O municí­pio de Vie­remä con­struiu um duto de coleta de gás bruto em fazen­das locais e um duto de conexão para a Ponsse, sendo que as modi­ficações relacio­na­das foram concluí­das durante o verão e o início do outono euro­peu de 2024, quando a fábrica ficou fec­hada durante o verão.

“O uso do biogás na fábrica começou sem proble­mas e agora o gás é usado em todos os locais pla­ne­ja­dos. Os usuá­rios não perce­bem nen­huma dife­rença. Os novos quei­ma­do­res a gás são eficazes e aquecem a água usada na máquina de lavar e na câmara de seca­gem da oficina de pin­tura. O biogás também será usado no inverno para aquecer o armaze­na­mento de vigas da uni­dade de sol­da­gem”, diz Esa Pent­ti­nen, Dire­tor de Pro­dução da Ponsse.

 “Os quei­ma­do­res de gás também podem ser ajus­ta­dos de acordo com as neces­si­da­des. Esse é um recurso exce­lente, já que os quei­ma­do­res ante­rio­res fica­vam total­mente liga­dos ou total­mente des­li­ga­dos”, diz Pent­ti­nen.

O con­sumo anual de gás lique­feito da Ponsse foi de aproxi­ma­da­mente 70.000 kg, ou 900 MWh. No ano pas­sado, o con­sumo de gás lique­feito foi res­ponsá­vel por mais de 90% da pegada de car­bono da pro­dução em Vie­remä. A mudança para o biogás reduzirá a pegada de car­bono da Ponsse em aproxi­ma­da­mente 215 t CO2 ‑eq. (tone­la­das de equi­va­len­tes de dióxido de car­bono) e marca um passo sig­ni­fica­tivo para atin­gir a meta de neut­ra­li­dade de car­bono defi­nida para a pro­dução da Ponsse.

O Dire­tor de Pro­dução da Ponsse, Esa Pent­ti­nen, e a Dire­tora de Res­pon­sa­bi­li­dade, Katja Paa­na­nen, fica­ram satis­fei­tos com a int­ro­dução do biogás na fábrica de Vie­remä.

Biogás reduz emissões da pro­dução na fábrica da Ponsse

Ape­sar do biogás associar a agricul­tura local em Vie­remä à indú­stria de tec­no­lo­gia, ele não se des­tina ape­nas ao con­sumo industrial. Um posto de rea­bas­teci­mento de bio­me­tano pres­su­rizado já está em ope­ração em Vie­remä. O municí­pio já conta com dez veícu­los e tra­to­res movi­dos a biogás. Isso também dá à Ponsse a opor­tu­ni­dade de usar bio­me­tano no futuro.

“O municí­pio de Vie­remä também está usando biogás como fonte auxi­liar de aqueci­mento urbano. A fábrica da Ponsse está conec­tada à rede de aqueci­mento munici­pal, na qual cavacos de madeira são usa­dos como princi­pal fonte de ener­gia. Além de nos per­mi­tir subs­ti­tuir o com­bustí­vel usado no tra­ta­mento de superfície, o biogás também reduzirá as emissões anuais gera­das em nossa pro­dução em aproxi­ma­da­mente 5 t CO2 ‑eq. por meio do aqueci­mento urbano”, afirma Katja Paa­na­nen, Dire­tora de Res­pon­sa­bi­li­dade da Ponsse.

Os novos quei­ma­do­res a gás são eficazes e aquecem a água usada na máquina de lavar e na câmara de seca­gem da oficina de pin­tura. O biogás também será usado no inverno para aquecer o armaze­na­mento de vigas da uni­dade de sol­da­gem.
- Esa Pent­ti­nen, Dire­tor de Pro­dução

Ener­gia renová­vel com até 90 por cento menos emissões

A pro­dução de biogás repre­senta a eco­no­mia circu­lar no seu mel­hor. No seu processo de pro­dução, é possí­vel uti­lizar o con­teúdo energé­tico de maté­rias-pri­mas resi­duais. Além disso, os nut­rien­tes orgâ­nicos res­tan­tes após a pro­dução de biogás podem ser usa­dos como fer­ti­lizan­tes na pro­dução agrícola, por exemplo.

O biogás é pro­duzido em um processo de digestão anaeró­bica em usi­nas de biogás, em estações de tra­ta­mento de efluen­tes e em fazen­das, além de ser recu­pe­rado de ater­ros sanitá­rios. Ele pode ser pro­duzido a par­tir de maté­ria orgâ­nica, como resí­duos bioló­gicos, resí­duos industriais, lodo, esterco e bio­massa de campo. O mate­rial gerado no processo de digestão anaeró­bica é rico em nut­rien­tes e pode ser usado como fer­ti­lizante reciclado em cam­pos, entre out­ros usos.

O biogás é total­mente renová­vel e suas emissões totais ao longo do ciclo de vida são até 90% meno­res que as dos com­bustí­veis fós­seis, em média. O biogás é ecoló­gico porque, ao crescer, a bio­massa seque­stra a mesma quan­ti­dade de dióxido de car­bono que é libe­rada na atmos­fera por meio de seu uso. “A pro­dução local também for­ta­lece o uso de ener­gia domés­tica local e aumenta a autos­su­ficiência energé­tica, ao mesmo tempo que reduz a dependência de com­bustí­veis fós­seis”, diz Paa­na­nen.